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Recados ao Fado
de José Luis Gordo
edição: Miosótis
Páginas: 272

osé Luís Gordo nasce no Alentejo em Vila de Frades, Vidigueira, no dia 13 de Abril de 1947, embora conste no registo como nascido a 26 de Julho.

Ao completar 13 anos vem para Lisboa como empregado da então famosa Casa Quintão, que comercializava os tapetes de Arraiolos, mas hoje já desaparecida.

À noite, José Luís Gordo dedica-se ao estudo, frequentando o curso Comercial na Escola Veiga Beirão. Entretanto, vai ouvindo cantar o Fado, cujos primeiros contactos ocorrem na Viela na Rua das Taipas.

Começou por escrever "aquela poesia que os putos escrevem" mas, a partir dos 17 / 18 anos, encara a escrita de uma forma mais definitiva.

O primeiro poema que escreve para Fado tem o título "Há Tanta Amargura, Tanta" e destinava-se a Beatriz Ferreira. Acabou por ser cantado por uma outra fadista, Maria da Fé, então a cantar na Taverna do Embuçado e que viria a tornar-se sua esposa.

Durante muitos anos assina como Luís Alcaria. E explica porquê:

"Naquela altura eu fazia Teatro e Cinema e, convenhamos, não era propriamente o melhor dos nomes para um artista ... Como lá para os meus lados há uma Serra chamada de Alcaria, achei que fazia sentido ser conhecido por Luís Alcaria."

Mais tarde, e "porque ninguém deve ter vergonha do seu nome" assumiu-se finalmente como Refachinho Gordo, como bom Alentejano que se preza ser...

Profundo admirador de José Carlos Ary dos Santos, assume que o mesmo teve uma decisiva influência na sua escrita. Vasco de Lima Couto é outro poeta especial, bem como Natália Correia. José Luís Gordo considera como grandes poetas do Fado, Gabriel de Oliveira, João Linhares Barbosa, Carlos Conde, Joaquim Frederico de Brito, o "Britinho" também conhecido como "Poeta Chauffeur". Todos eles na senda do grande Linhares Barbosa.

Com cerca de 300 poemas escritos, na sua maioria cantados e gravados em disco, é Maria da Fé que arrecada o grosso de originais, seguindo-se António Melo Corrêa (já falecido) e Ada de Castro. No entanto, muitos outros cantam obras suas, como sejam: Maria Armando, Fernando Maurício, Carlos Zel, Camané, Filipe Duarte, Carlos Macedo, Maria da Nazaré, Argentina Santos, Lina Maria Alves, Maria Jô-jô, Celeste Rodrigues, José Manuel Osório, Marina Mota, Nuno de Aguiar, Vasco Rafael (já falecido), Lenita Gentil, Alexandra, Jorge Fernando, Machado Soares, Paulo Saraiva, Maria Dilar, Manuel Azevedo Coutinho, Odete Santos, Tina Santos, João Chora, Cristina Branco, Mariza, Ana Moura, etc.

Da sua vasta produção poética destaca-se "Até Que a Voz Me Doa", um verdadeiro fenómeno de popularidade, na voz de Maria da Fé. Para o poeta, Maria da Fé é a sua musa inspiradora, penso muito nela quando escrevo. José Luís Gordo é casado com Maria da Fé, e tem duas filhas.

Em Maio de 1999 foi homenageado pela Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa que assim prestava culto aos "Poetas do Fado" ainda no activo.

Em 2004 publicou "Recados ao Fado", uma antologia que reúne parte da sua poesia, com poemas gravados e outros inéditos.

O livro é novo.

Recados ao Fado (poesia)

5,00 €Preço
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