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O Poder das Mulheres
Um desafio para a democracia
de Giulia Sissa
editor: Temas e Debates, março de 2023

 

Os gregos antigos inventaram a democracia, mas às mulheres desse tempo não foi permitido deliberar, dirigir ou defender o Estado. Ficaram sem representação. Ao homem foi reconhecido o estatuto de animal político, enquanto a mulher era um animal doméstico. O cristianismo e os pensadores medievais, como Tomás de Aquino, viam a mulher como incoerente, incapaz de refletir, e no iluminismo, sobretudo com Jean-Jacques Rousseau, à mulher ficavam reservadas as frivolidades. Somente com filósofos como Condorcet, que substituiu as leis da natureza pelos direitos humanos, houve lugar à igualdade e à emancipação da mulher.

Nestas condições as mulheres foram levadas a duvidar da sua legitimidade. Uma suspeição fundamental paira nas próprias democracias: não serão as mulheres, sem dúvida, incompetentes? Não serão elas, talvez, menos capazes?

 

NOTA DO AUTOR
«O poder das mulheres é um desafio para a democracia. As vicissitudes da paridade, os debates, os obstáculos, as resistências de hoje mostram que se trata de um projeto interminável. Dado que assenta nos princípios da liberdade individual e da igualdade natural, a democracia liberal moderna favorece a emancipação e abre espaço de oportunidades para todos e todas. A longa história da censura das mulheres  porque elas devem manter-se fora do político  faz parte da história da democratização do mundo. Não existe modernidade sem as mulheres. O insulto feito às mulheres sob a capa de filosofia nunca deve ser esquecido. Na época do #MeToo e de Kamala Harris, ler um pouco de Rousseau, de Tomás de Aquino, de Jean de Jandun e sobretudo de Aristóteles faz bem. Revigora. Recomendo-o a quem quer viver bem no século XXI.»
Giulia Sissa

 

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