top of page

Cartas do Brasil / Os Verdes Anos da República de 1910
de Chianca de Garcia
Editora: O Independente
Colecção: Horas Extraordinárias  Série Inéditos da Impressa
Capa dura
Págs.: 238

Sinopse:
Pois é. Acontece que Copacabana tem aquele encanto que se desgarra da presença, mesmo em imagem, das mulheres perturbadoramente sexy. Copacabana enfeitiça. E de feitiços, embora semanalmente consulte a ciência confusa de Dona Gondinha, minha velha mãe de santo, nada sei. Sim, de feitiços não sei nada. Os feitiços vivem-se. Não se explicam.

Tomaz Ribeiro Colaço era um conversador admirável. E eu adorava ouvi-lo contar histórias do nosso tempo de meninos, coisas de poetas, pintores, ministros, condessas e marquesas. Sempre insistia com ele: - Tomaz, conte isso tudo num livro.
Reúna essa belle époque lisboeta numa espécie de galeria à Marcel Proust...
Mas o quê! Passou vários anos querendo convencer o mundo de que D.Quixote era Portugal!

Cada barraqueiro (do Mercado Modelo em Salvador) teve direito a levar três convidados. As baianas vestiram os seus melhores trajes típicos. No ambiente tudo era flores, pássaros, frutas. Os feirantes deram à Raínha uma pesada venca de balangadãs de prata. A Raínha Elisabeth II quis saber o que representavam. Tudo lhe foi traduzido o melhor possível para o inglês. Sorria. Sorria sempre. Não podia deixar de sorrir, contagiada pelo riso cúmplice daquele crioléu que acredita em orixás e em raínhas do mar. E porque não na Raínha da Inglaterra, que já foi de todos os mares?
Ouviu música. Agagôs, atabaques, pandeiros e berimbaus. Esqueceu a rigidez do protocolo. Demorou-se.

E para completar a confusão exitia Machado dos Santos, o Herói da Rotunda, que se julgava ungido pelo destino de ser a Joana Darc da nossa República.

O livro encontra-se em excelente estado.

Cartas do Brasil / Os Verdes Anos da República de 1910

3,00 €Preço
    bottom of page